sábado, 30 de outubro de 2010

MEU LAMENTO



Lamento que exista de um gênero de pessoas que sempre existiu, mas que no entanto chamada de "nova criatura", já não deveria ser mais o que é.
Lamento que elas existam ainda hoje em dia sentadas ao lado da gente.
Lamento elas que existam para tornar pior a existência dos outros,
Lamento por todos que tendo visto uma ferida aberta não a ataram.
Lamento pelos que tendo visto a muitos que estavam nus, nãos os vestiram.
Lamento pelos que tendo encontrados a muitos sedentos, não lhes deram de beber.
Lamento por todos que tendo visto alguns chorarem, não choram juntos.
Lamento pelos que podendo dar sabor a terra, tornaram-na insípida.
Lamento pelos que poderiam iluminar o caminho de muitos, tornaram-no em trevas maiores.
Lamento por todos que em auxiliando a verdade, acrescentaram a ela um i ou um til só, e tornaram-na em mentira.
Lamento pelos que se sentem livres da acusações de homicídio, mas que no coração executaram a muitos.
Lamento por todos que procurando reconciliar-se com Deus, levam suas ofertas ao altar, mas lembrando-se que possuem algo contra seu irmão, não buscam reconciliarem-se com ele.
Lamento por muitos que se orgulham em verem-se inocentes da prática do adultério, mas que na cama da sua imaginação, estão deitados com alguém que não seu cônjuge e sentem-se igualmente puros.
Lamento pelos em que tendo olhos remelentos, incomodam-se com o cisco que “vêem” nos olhos dos outros.
Lamento por aqueles que tendo cometido pecados ainda seguram pedras nas mãos.
Lamento por todos que estão construindo uma sociedade cada vez mais sem olhos e com dada vez menos dentes, por que são bons observadores da legislação fria.
Lamento por todos que só possuem uma face por não posuirem a outra, a do amor, para oferecersem no aplacamento do ódio.
Lamento pelos que não estão dispostos a dar nem um passo em favor de quem a segunda milha lhe faria bem.
Lamento por todos que na vida encontraram quem os decepcionassem, e em encontrando-os, nãos os amaram.
Lamento aqueles que possuindo perseguidores, ou fogem, ou correm para alcançá-los com o ódio sem nunca pararem em sossego a fim de orar pelo bem deles.
Lamento por todos que amam os amáveis por que estes até os desalmados amam.
Lamento por aqueles que são coroados pelas boas obras que realizam na demonstração da própria bondade, nunca receberam galardão, por que preferiram a imagem pública e o louvor dos homens.
Lamento pelos que não guardam o bem e não o pratica em segredo, antes, pelo marketing egoísta, publicam-no aos quatro cantos.
Lamento por todos aqueles que em cobiça profana, exercem o sacerdócio pública e desprezam o sacerdócio das portas fechadas.
Lamento por todos que pedem a Deus por suas necessidades e não conseguem crer que o Pai as conhece todas elas.
Lamento os que em sabendo por tudo pelo devem orar, como lhes foi ensinado, não oram por nada.
Lamento os que em orando, oram por aquilo que sabem que Deus jamais irá atender.
Lamento por todos que acreditam confessar onde seu coração está, mas não conseguem de fato esconder onde ele realmente se encontra.
Lamento pelos que ignoram o fato de que o possuír um coração mal é reflexo da maneira como seus olhos vêem tudo à sua volta.
Lamento também por todos que nos templos adoram Deus como Senhor, mas no mercado, proclamam Mamom como deus.
Lamento os que se fazem juízes, o que são proibidos em fazer-se, porque julgam sem o conhecimento real da prova que condena ou inocenta: o conteúdo do coração do réu.
Lamento o cinismo dos discipuladores que insistem em corrigir os outros enquanto não exercem primeiro a disciplina que discipula primeiro o próprio coração.
Lamento por aqueles que se confessam íntimos de Deus, mas que na intimidade não são confessados por Ele.
Lamento pelos muitos que fazem de sua boca uma harpa e um chofar a Deus, mas do coração, fazem um território em que Ele não é conhecido e temido.
Lamento por todos os que se acostumaram com a liturgia do culto transformando-a em esconderijo da hipocrisia e dos de coração sem culto.
Lamento por todos que proclamam amor à Palavra, no entanto a esquecem na segunda de manhã.
Lamento pelos que choram emocionados quando ouve a proclamação do evangelho, mas que riem com a falta da prática dele.
Lamento pelos que se regozijam com a injustiça, mas que no entanto chamam a Deus de Juiz de toda terra.
Lamento pelos que impedem a muitos cegos mendigos à beira do caminho alcançar a misericórdia do filho de Davi.
Lamento por todos que vendo aqueles que cujos corações se tornaram como de uma criança, impede-nos de virem a Cristo.


Lamento por aqueles que tendo abrigo, não hospedaram, antes desacolheram os que necessitavam de acolhida.
Lamento igualmente pelos que desprezam o filho pródigo que saiu da casa de seu Pai impulsivamente.
Lamento mais ainda pelos que se entristecem quando vêem, arrependido, o filho voltar.


Lamento pelos que ao saberem que na casa do Pai há muitas moradas, não aceitam alguns que desejam morar nela por não possuirem o perfil do "manual" do "condomínio".
Lamento da mesma forma, aqueles que se acham os únicos dignos de passarem pela porta que dá para os céus e fazem de tudo para impedem a outros que julgam não merecerem entrar.
Lamento por todo e qualquer que realmente acredite que mereça entrar no céu. Entrarão nele, as prostitutas, os homicidas os ladrões, porque estes reconheceram que não mereciam, antes, acreditaram que nescessitavam de um Salvador que lhes abrissem a porta.
Lamento saber da existência dos que se incomodam não tanto com Jesus, mas com as amizades que ele fez: adúlteros, ladrões, meretrizes, publicanos, pecadores, beberrões e comilões.


Lamento pelos "Alexandres latoeiros" que vivem a nos causar muitos males.
Lamento por aqueles que de tão evangélicos que se tornaram, à semelhança dos fariseus, hoje não podem entender o que Jesus lhes diz, por não querer ouvir a sua palavra de mudança de mente.
Lamento que não haja hoje quem queira rolar a pedra afim de que alguém saia do túmulo de volta á vida porque tal irmão já cheira mal.
Lamento pelos que já não mais parem para socorrer aos feridos à beira do caminho porque que tem um santo compromisso com o templo.
Lamento por aqueles em que cruzando com o samaritano ferido de morte no caminho e tendo oportunidade, não lhe ofereça seu ombro para socorrê-lo.
Lamento pela maioria que falem em amar, amem só em fala.
Lamento pela maioria que dos que afirmam amor uns pelos outros não possuem outro amor que não seja o fingido.
Lamento por quem transformou o termo ágape em gíria evangélica vazio do significado original.
Lamento por todas os que aderiram ao termo amor como gíria obrigatória nos círculos religiosos.
Lamento pelos que não suportam os mais frágeis, porque estes são os que inevitavelmente dão mais trabalho.
Lamento pelos que oram expressando o desejo de trabalhar para o Senhor porque eu não entendo o que eles querem dizer com isso.
Lamento por aqueles em que possuindo o privilégio de pagar o mal com o bem pagam o mal com mais mal ainda, e por fim chamam a isso de justiça.
Lamento por aqueles rejeitam aos outros o perdão dos pecados mesmo sabendo que seus pecados foram perdoados com o mesmo custo: o sangue de Jesus.
Lamento pelos que se honram em desonra de outros, concisos que a honra, conforme o evangelho, cai primeiro, melhor no outro quem em si mesmo.
Lamento por aqueles que não sentem pelo próximo caído aquilo que gostariam que sentissem por si mesmos quando o próximo o visse na mesma condição.
Lamento por aqueles que se vangloriam no fato de que fizeram tudo e crêem que a ninguém devem nada, sabendo que cada um deve carregar ao menos uma dívida: a do amor.
Lamento igualmente pelos que pagam com ingratidão, indiferença e esquecimento àqueles que deveriam ser pagos com honra dobrada.
Lamento os que ignoram que o amor é o cumprimento de toda a lei, logo os que amam não condenam pelo que diz a lei: não adulterarás, não matará, não furtarás, não cobiçarás dentre outras coisas.
Lamento pelos que em fazendo uso do jargão cristão “eu te amo”, também fazem uso da práxis ímpia: o mal contra o próximo.
Lamento por todos os que se dizem andar na luz não se encontram em lugar nenhum porque suas obras estão sendo realizadas nas trevas.
Lamento pelos que em busca de reconhecimento da dignidade pessoal, a conquistam-na com contendas, ciúmes, dissoluções, mentiras e outras dissimulações.
Lamento por todos que em podendo aliviar o fardo do próximo abrindo-lhes caminho, assumem a tática consciente de acrescentar-lhe tropeço na estrada.
Lamento por qualquer que tendo visto alguém cair, se esqueça de que estando ele próprio em pé hoje, amanhã não o poderá estar.
Lamento que quem julgue a quem quer que seja pelo pecado de hoje, sofra de amnésia crônica.
Lamento pelos que se consideram fortes, por deixarem de considerar que tal força lhe fora concedida para sustentarem os fracos ao invés de esmagá-los num ringue espiritual religioso.
Lamento por muitos que em tendo sido acolhidos por Cristo, desacolham a outros que necessitam do mesmo acolhimento.
Lamento que os que desprezam aqueles que, em pecado, são acolhidos por Cristo, se esqueçam que da mesma maneira foram acolhidos um dia por Ele.
Lamento por aqueles que anunciam que a salvação é concedida pela graça de Deus, mas que o fazem prevalecer  é a lei porta adentro de seus apriscos.
Lamento que essa espécie de pessoas existam. Eu as vi e estive entre elas.
Lamento que os que provocam esse lamento são alguns dos que chamam a Cristo de Senhor e invocam o nome de Deus em adoração que se consideram sal da terra e luz do mundo e denominam-se profetas do Altíssimo, levitas e santos.
Lamento que muitos que me fazem lamentar, no mundo sejam conhecidos como "crentes" em Jesus.
Pr Paulo Rodrigues.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

LOUCURA DO MACEDO

Pessoal, contrariando a filosofia do blog de que não se prestaria a postar crítica a quem quer que seja, hoje farei uma exceção porque essa foi demais.

Acabei de ler uma afirmação do Edir Macedo em que o bispo diz que Deus também deu o dízimo quando entregou
Jesus.

Segundo a lógica do Bispo, conforme o domínio que demonstra ter do assunto, chamando Jesus de dízimo de Deus, me parece que posso concluir alguns absurdos que daí se originam:

Primeiro: de que para o bispo, Jesus é apenas dez por cento de tudo o que Deus possui.

Segundo: conforme Macedo, Deus pretende mudar para melhor Seu próprio estado revertendo-a da miséria para a prosperidade.

Terceiro: para o Macedo, Deus pagou o dízimo para não ficar exposto a Satanás como ele  mesmo ensina a todos os que o ouvem.

Quarto: de acordo com o bispo, Deus teria pagado o dízimo para não ficar debaixo da sua maldição, conforme pronunciada em Malaquias 3: 10 e 11, e tornando-se assim, vítima do “devorador”.

A menos que eu esteja muito enganado, não sei o que dizer sobre isso senão que:

- muitos que escolheram o caminho da ganância, consentem com qualquer irracionalidade e despencam nas dores da afirmação do apóstolo Paulo quando disse a Timóteo: os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada; e em muitas concupsiências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição (...) e alguns, nessa cobiça, se desviarm da fé e a si mesmos se atormentarm com muitas dores.

- não existe a meu ver, pelo grau de envolvimento nessa cobiça megalomaníaca do Bispo, qualquer possibilidade de conversão à fé de que fala Paulo, que é o evangelho, nem ao bom senso, mas ainda existe uma enorme possibilidade que muita gente boa enxergue este tipo de coisa, que por si só se faz tão clara como bestificação da verdade acerca de Deus e um aviltamento ao Eterno, ao Todo Poderoso, ao Dono de Toda Terra, que é Rei de Reis, Senhor de Exércitos, Soberano do Universo, Conselheiro cuja sabedoria não sofre de carência de nenhum consultor que o aconselhe, pois sendo Tudo já possui Tudo.

Com um apelo ao simples exercício do bom senso segundo a simplicidade das Sagradas Escrituras,

Pr Paulo Rodrigues

domingo, 24 de outubro de 2010

AS MARAVILHAS DE DEUS - Quando nem tudo parece tão maravilhoso assim.



O Salmo 105 possui 45versículos, cujo tema principal é a narrativa das maravilhas de Deus na história de Israel – Rendei graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos os seus feitos. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas. Estas maravilhas e feitos de Deus são narrados na medida em que o salmista descreve a história do surgimento de sua nação em Abraão (v. 5 a 11); a trajetória de Abraão com sua família até a entrada no Egito com José; e encerra com a libertação e a condução de mais de um milhão de hebreus até a terra prometida de Canaã pela mão de Moisés (v. 12 a 45). Dessa maneira o Salmo vai contando, na narrativa do curso histórico de Israel, como Deus operara grandes maravilhas e prodígios.

Quem lê o salmo, pode constatar as com clareza as diversas operações maravilhosas que nele estão registradas, como sendo atos realmente poderosos de Deus. No entanto, por meio do contexto em que a história vai sendo contada, toda nossa noção de maravilhas vai sofrendo alterações e mudanças conceituais. Tais mudanças nos preparam para celebrar os feitos de Deus especialmente naquilo em que esses nivos conceitos nos ensina porque o conceito mais maravilhoso que as maravilhas constroem em nós com relação a Deus é aquele que ensina que Ele é o grande arquiteto, construtor e articulador da história de Israel bem como da história de qualquer um que o invoque como Deus pessoal e busque o seu poder sobre a própria existência. É o que se pode deduzir logo no início do salmo a partir do verso 3 e 4 – Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. Buscai ao Senhor e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença.

Quais são, portanto, os novos conceitos das maravilhas realizadas por Deus na história de Israel reveladas nesse salmo que nos leva a tal conclusão.

Primeiro, aparece o conceito das maravilhas como maravilhas mesmo. Isso é: as maravilhas como atos de poder do próprio Deus. Este conceito não é novo, aliás, de tão popular que é, parece ser o único. É quando Deus faz o bem para o bem em situação que o mal está mais próximo do que qualquer outra coisa. Aí vem Deus e faz maravilhas por meio de seus feitos poderosos. Ninguém duvida disso. Veja o verso 12 para citar um exemplo dentre outros que estão no Salmo – “Então, eram eles em pequeno número, pouquíssimos e forasteiros nela; andavam de naca em nação, de um reino para outro reino. A ninguém permitiu que os oprimisse, antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.”- (v.12 a 15). Esse texto mostra os feitos maravilhosos de Deus na proteção de um povo pequenino, fraco e desorientado, contra todos e qualquer um que se colocasse no caminho deles. Agora, mais clara e impressionante ainda se demonstra as maravilhas como maravilhas mesmo, quando elas são demonstradas por meio de sinais e pródigos operado contra os egípcios para a libertação do povo cativo sob a liderança de Moisés descritos mais ao meio do salmo do vero 26 ao 41. Ali se fala das pragas: do céu que se escureceu a mando de Deus; das águas que se transformaram em sangue; da terra que produziu rãs em abundância, só para citar algumas. Isso é milagre mesmo.

Logo depois aparece o conceito de maravilhas que se confundem mais com desgraças do que benção. Olhe com atenção os versos 16 a 18 – “Fez vir fome sobre a terra e cortou os meios para se obter pão.” A afirmação é amarga e irritante porquanto ela seja contada como parte das maravilhas realizadas por Deus. Deus foi o responsável por fazer vir fome e escassez de pão na terra em que habitava Jacó, neto de Abraão. Dá pra entender isso? Não parece até que Deus esta jogando contra? Pois bem: Deus faz maravilhas mesmo quando elas se parecem com desgraças.

Ai então, nos versos seguintes, se nos apresenta outro conceito de maravilhosa onde aquele que é abençoado se torna vítima da própria benção. Veja – “Adiante deles, enviou um homem, José, vendido como escravo, cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros...” – versos 17 e 18. Aqui nos é brevemente contada a história de José. Dificilmente alguém não conheça sua história e de como ela se iniciou com seu chamado por meio dos sonhos que tivera. Agora, o que me parece é que muita gente não percebe, talvez pela beleza da história toda, é que após os sonhos que teve, a vida de José transformou-se num pesadelo. Quem é que chamaria alguém de abençoado quando esse alguém é aquele que fora odiado pelos irmãos, vendido como escravo, dado como morto, induzido a trabalhos forçados distante de sua gente e de sua terra, acusado injuriosamente de tentativa de estupro e preso por dois anos sem entender por que sua vida tomara aquele rumo? Eu sei que você gostaria de ser o José governador. No entanto, em sã consciência, sei também que você jamais desejaria ter passado por aquilo que José passou: um verdadeiro pesadelo que durou quase 15 anos.

Um novo conceito de maravilha aparece nos versos 17 ao 24 que nos faz crer em maravilhas realizadas por Deus mesmo quando não vemos maravilhas nenhuma. Deixe-me contar um pouco do sentido e do momento histórico que aparece nesses versos. A fome havia chegado às terras de Jacó, e sua família, bem como tudo o ele possuía, estava ameaçada. José é vendido pelos irmãos e feito escravo no Egito. De escravo ele é transformado em prisioneiro e levado ao calabouço que ficava no subsolo do palácio de Faraó. Ali conhece o copeiro-chefe do rei que estava na mesma situação por ter ofendido ao seu senhor. O tal sujeito tem um sonho que é interpretado por José como significando o retorno ao seu posto de serviço na presença do rei, o que acontece três dias depois. Com isso, lembrando-se de José em ocasião em que Faraó também tem um sonho que lhe é perturbador, o copeiro-chefe o faz subir à presença do rei. Na presença do rei, José interpreta-lhe o sonho, o que lhe confere admiração e favor de Faraó que o constitui governador sobre seu reino. Por essa condição, pela fome que graça a terra e pelas articulações de José, seu pai e seus irmãos todos são trazidos para o Egito, onde vivem com as regalias que se permitia o irmão governador lhes conceder. É neste Egito que o povo hebreu cresce a partir da chegada da família de José naquela terra, a ponto de se tornarem mais fortes e numerosos que os seus opressores no Egito. Esse é o pano de fundo que se vê nesses versos. Agora preste atenção: você consegue perceber aquilo que é aparentemente imperceptível? Em meio a toda agonia dessa história de encontros e desencontros, desgraças, traições, rupturas e sofrimentos, e que levaria qualquer mente razoável descrer que Deus está operando maravilhas ainda que pareça que da parte de Deus nada se esteja fazendo. Então observe mais uma vez: o verso 16 diz que Deus faz vir fome na a terra; no entanto o verso seguinte afirma que Deus envia José antecipadamente ao Egito para viver ali na pior condição possível. Como escravo ele vai parar na Casa de Potifar; como prisioneiro ele vai morar debaixo do palácio de Faraó; na prisão ele conhece o copeiro-chefe do homem mais poderoso do mundo; há sonhos que ele revela e que se transformam em trampolim para do cárcere saltar direto na presença do rei que o alça a posto de governador. Você me pergunta por quê? A resposta é óbvia: Mesmo que não pareça, Deus está fazendo maravilhas silenciosas a fim de salvar a família de José da fome e preservar-lhes a vida. E não é só isso. Também diz o verso 24, que enquanto eles estão, depois de anos, vivendo sob a opressão egípcia, Deus os está fazendo “sobremodo fecundo” e tornando-os “mais forte que os seus opressores”. Percebe agora? Parecia que tudo era horroroso, no entanto, Deus estava coordenando um plano para torná-los uma nação grande e poderosa mesmo em meio àquelas circunstâncias que ditavam à razão a idéia de que Deus estava longe.

Por fim, ainda se observa o conceito de maravilhas como sendo aquele em que a maravilha maior é Deus se lembrando do que disse a homens e fazendo o que prometeu para honrar seu caráter de fidelidade. Há maravilha maior que essa? Primeira, a de Deus fazer promessas de bondade a homens nem sempre bons, e, segundo cumprir cada uma delas por fidelidade à promessa feita. Veja isso dito em três tempos: primeiro no verso 7 a 11 – Ele é o Senhor, nosso Deus; os seus juízos permeiam toda a terra. Lembra-se perpetuamente de sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; da aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por aliança perpétua dizendo: Dar-te-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança – segundo, verso 17 a 20 – Adiante deles enviou um homem, José, vendido como escravo; cujos pés acorrentaram com grilhões e a quem puseram em ferros, até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a palavra do Senhor. O rei mandou soltá-lo; o potentado dos povos o pôs em liberdade – e em terceiro tempo, no verso 42 – Porque lembrou-se da sua santa palavra e de Abrão seu servo.

Deixe-me sintetizar o que tenho dito até agora. A leitura do Salmo 105, ao narrar as maravilhas de Deus, nos traz ao menos cinco conceitos de maravilhas como feitos de Deus: maravilhas como atos poderosos de Deus mesmo; maravilhas que se parecem mais com desgraça que com benção; maravilhas onde o abençoado aparece como vítima da própria benção; depois, maravilha como ação de Deus mesmo quando a razão é levada a crer que Deus não está fazendo nada, e, por último, o conceito de maravilha como Deus se lembrando daquilo que prometeu a homens e cumprindo o que prometeu em função de seu caráter fiel.

Agora ouça-me: o que se absorve como aprendizado para a vida, é que Deus é o construtor e arquiteto, o gestor e administrador da vida independente das circunstancias que a cercam e da confusão inexplicável que embaralha a sua existência. O que você pode saber e crêr é a verdade de que Ele lhe guiará mesmo quando pensar que Ele esta distante; que Ele lhe protegerá mesmo quando você sentir-se fraco e desprotegido; que Ele estará sempre trabalhando em seu favor mesmo quando você achar que Ele não está fazendo nada. A Bíblia condensa tudo o que se tem dito até aqui num único versículo. É um salmo também. O de número 35 e verso 5. Ele diz: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o demais ele fará.

Não se deixe levar pelo que a vida esta fazendo com você, nem se deixe vencer pelo indesejável que não se pode explicar ou controlar. Nem sempre os milagres se parecerão com milagres. Nem sempre parecerá que Deus está de fato fazendo alguma coisa por você. Isso não importa. O que importa é o quanto você esta disposto a confiar em Deus a ponto de entregar o seu caminho, a sua família, o seu casamento, a sua empresa, a sua igreja e o que mais você necessitar entregar a Ele, incluindo a própria vida. O resultado será sempre experimentar as maravilhas de Deus e ver que por você Ele fará todas as demais coisas segundo os seus grandes feitos. Amém.

Deus o abençoe,

Pr Paulo Rodrigues.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ESPERANÇA QUE VENCE AS TRIBULAÇÕES

“...por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.” 
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.”
“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”  -  Romanos 5 dos versos 2 a 5
Quem lê essa porção do epístola de Romanos corre o risco de ter a impressão de que Paulo  apresenta uma idéia completamente paradoxal.  É como se o apóstolo estivesse afirmando que lhe é tanto prazeroso saborear o mel quanto saborear o fel. Imagina isso? Pra mim, parece um absurdo, conquanto eu esteja apresentado apenas uma ilustração. Mas veja como, de maneira real, ele parece afirma isso:
“gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” e “Não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações”
Esquisito não é? Sentir alegria e prazer na esperança da glória de Deus e na mesma medida sentir alegria e prazer nas tribulações. No entanto, o que Paulo diz está longe de ser um paradoxo. É a experiência de quem realmente encontrou alegria nestas situações opostas.
Agora, o que eu pergunto é: quem poderia fazer uma afirmação desta?
Neste texto, Paulo diz que só é capaz de fazer uma afirmação desta, aquele cujo coração está tomado pela esperança. Primeiro pela esperança de que toda forma de tribulação em breve será engolida pela manifestação da Glória de Deus. Isso desassusta do terror de toda e qualquer tribulação. O fato de se ter o coração possuído pela verdade de que a glória do Senhor vem e se manifestará, faz jorrar um rio de esperança dentro de cada um que crê e que vive para essa Glória. Isso torna cada tribulação do dia a dia uma coisinha insignificante e breve.
Já o verso 3 e 4 fala da esperança que foi apreendida como resultado do processo de tribulação da qual sofreu. É o sujeito que sofreu e saiu, sofreu e saiu e quando passa novamente pelo vale do sofrimento, já aprendeu com tudo que passou que o Senhor o livrará dessa também. O camarada já entra numa fase dura com a esperança de que no final, o Senhor, de alguma maneira, fará por ele algo que o encherá da alegria.
Agora, a meu ver, conforme Paulo vem afirmando, só consegue ter alegria, se regozijar e gloriar-se nas tribulações aquele cuja esperança não é produzida pela mente enquanto pensamento positivo mas como resultado de um derramamento do Espírito Santo no coração humano. Isso não tem nada a ver com otimismo; também não tem a ver com mentalização de que no final tudo dará certo. De qualquer maneira, o que Paulo diz é que essa esperança não é operada por você, nem pela sua mente e nem pela sua força da vontade. Já vi gente que caiu mesmo fazendo uso dessas tentativas bem intencionadas de auto-ajuda; gente que não suportou a pressão das tribulações apenas com a energia de um espirito otimista. Já vi muita gente conhecendo e reconhecendo seus limites pessoais frente às demandas do sofrimento,  perdendo a esperança ou, no mínimo, ficando com a sua esperança confusa. É por isso que Paulo diz no verso 5:
“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”
A esperança de que o apóstolo fala é extra-humano, cuja fonte esta fora da gente e é encontrado no Espírito Santo. Primeiro porque ele diz que é uma esperança que se obtém como garantia e certeza de que Deus o amaa esperança não confunde porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração – isso é: posso ter esperança em qualquer que for a situação por que sei convictamente, bem aqui dentro do peito, que sou amado por Deus. Segundo porque este amor que me enche de esperança está em mim pelo fato de ele ter vindo a mim como uma experiência de fora para dentro operada por Deus através do seu Espírito – porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração, pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. Não é algo que eu tenha imaginado ou desenvolvido; é algo que eu recebi quando o Espírito Santo me foi dado.
Por fim, a esperança de que se fala trata-se de uma esperança sobre-humana. Ela é a uma esperança que está para além e acima das forças e da compreensão homem – Ora, a esperança não confunde. Ela olha para a dificuldade e afirma convicta dentro do coração: dá pra encarar; olha para o vale de sombras e diz com convicção: dá pra enfrentar; ela rasga as tribulações no peito e segue em frente sem se perder; mesmo a morte ela encara e não treme porque esta certa de que já estamos reconciliados com Deus e de que seremos salvos por sua vida conforme o verso 10.
Agora, preste-me bastante atenção: essa esperança que atrvessa as tribulações, que canta na dor e desdenha do desespero depende muito mais do relacionamento de Deus com você do que do seu relacionamento com Ele. Talvez você não esteja encontrando forças para atravessar esse mar de tribulações que está lhe açoitando sem piedade, talvez sua esperança murchou como folha seca diante desse sofrimento cruel que você e sua família vem atravessando. Não lhe adiantou em nada o mantra que lhe ensinaram; não resolveu o otimismo que você sempre sustentou, tão pouco resolveu a lei da atração que lhe disse para mentalizar aquilo que você gostaria que lhe acontecesse. Então, ouça-me: Paulo diz que essa esperança sobre-humana, extraordinária é fruto da aproximação de Deus e do derramar do seu amor em seu coração. Isso significa que é do relacionamento dele com você que depende esta esperança milagrosa brotar em seu coração. Se Ele não fizer isso, nada acontece. Sozinho, você não a terá e tão pouco será capaz de produzi-la. Portanto, o que você deve fazer, se você deseja fazer, se necessita fazer, é pedir humilde e profundamente que Ele o faça em você e por você. Que Ele derrame hoje em seu coração o Espírito Santo. Você atravessará o que houver de atravessar com a força de uma alegria indescritível e incompreendida até agora.
Deus o abençoe

sábado, 2 de outubro de 2010

COMO ALCANÇAR UM MINISTÉRIO DE SUCESSO


Dificilmente esse não seja o sonho dos novos ministros hoje em dia: alcançar sucesso no ministério. Quanto mais os que recebem influência direta daqueles que são vistos na TV. Existem, no entanto, três conselhos infalíveis para que os novos ministros alcancem rapidamente a popularidade em seus ministérios. São de fato conselhos milenares, muito antigos, e que tem sido experimentado e confirmado por gerações a sua eficácia. Podem parecer simples, pois eu os apresento de maneira direta e breve; mas não se engane: se você possui um desejo ardente de ascensão meteórica no ministério, estes conselhos realmente funcionam.


Portanto se o que você quer é arrebentar no ministério a primeira coisa a fazer é transformar pedras em pães. Isso significa que você deve ter a capacidade de transformar qualquer coisa inanimada, sem vida própria, em alimento para o povo. Essa tática não é tão difícil quanto parece. Ela é muito usada hoje em dia. Trata-se da habilidade de pegar qualquer coisa: auto-ajuda, opiniões pessoais, chavões carismáticos, afirmações bombásticas, e outras que você certamente também conhece e fazer disso o pão que alimentará seus ouvintes. É a arte de pegar uma coisa que não é e manipulá-la de maneira que pareça ser como ênfase geral e central de suas mensagens. Eu lhe garanto: isso é uma tentação tão forte, que se torna irresistível para quem o ouve. Muita gente “boa” aprendeu a usar isso muito rápido. E como o pessoal, comprovado pela história contemporânea, adora essa adaptação, irão adorar você também.



O segundo conselho também não é tão difícil. Basta que você almeje e busque o ponto de maior evidencia do templo e faça dele o trampolim para sua autopromoção. A idéia é que você faça todos reconhecerem que você é alguém especial, um ungido para àquela hora. Por isso o que você tem a fazer é demonstrar a glória que está sobre você. O ideal é que você procure e lute pelos postos de destaques no meio sagrado, os lugares mais altos na congregação, o pináculo do templo, que em nosso meio, em geral, é o púlpito. Chegando lá, deixe que saibam quem você é. Confie em si próprio que você pode. Será necessária a arte do espetáculo, da manipulação das circunstâncias e da capacidade de impressionar o povo. Faça de tudo para que isso aconteça e saiba: de uma hora para outra, você será coroado e honrado entre o povo como o “ungido”. Funciona mesmo.



O último conselho é extremamente agradável, mas exige disposição interior muito intensa, no entanto, funciona: desperte ou permita brotar no coração um forte desejo, desses quase incontroláveis, por posses materiais e por conquistas mensuráveis de tudo o que você quiser ter a tal ponto que você não se importe mais que sua alma fique em um plano menor. Precisa haver desejo de possuir impérios, complexos estruturais, chefiar nações inteiras. Nada de sonhos pequenos ou de ambições medíocres. É ter no interior a força de ambicionar o melhor de maneira tão radical que qualquer sacrifício valha a apena, inclusive o sacrifício da alma. Ainda que tenha que dobrar a alma, negociar com a alma, ultrapassar os limites, invalidar princípios, não dê atenção demais a isso: nesse caso o que importa e o que relamente fará diferença é o quanto você irá amar, ambicionar e adorar com todo o seu coração a glória das riquezas que você poderá adquirir. Acredite: tudo que você quiser lhe será dado. Com isso você alcançará o status que todo mundo deseja ver num ministério: o de um líder forte, ambicioso, conquistador e de grandes visões. As pessoas não se deixam convencer pelos fracos. Geralmente elas as abandonam logo. Com essa força interior de ambição material esteja certo de que você formará uma legião de seguidores que aclamarão seu nome por toda parte.



Tudo isso é muito simples e não exige, como você pode observar, coisas que você já não tenha dentro de si mesmo. Trata-se de conselhos cuja disposição faz parte da natureza de todas as pessoas. Portanto, é só ouvir a voz interior, deixá-la vir á tona e colocar cada um desses conselhos em prática. Seu ministério irá arrebentar e subir como um foguete. E quem sabe, milhares de almas não irão vê-o na TV em rede nacional ainda.



Bibliografia: Mateus capítulo 4, versículo 1 a 11; título: A tentação de Jesus – Bíblia Sagrada.



Com preocupação.

INIMIGOS INEVITÁVEIS


Existe uma profunda infantilidade em acreditar que em nosso meio, isto é, dentro da igreja, nós não teremos inimigos. É igualmente infantil, imaginarmos que a nossa fé e nossa vida com Deus nos protegerá de que façamos inimigos. Não nos protegerá.



Na verdade, enquanto caminhamos com o Senhor, não fazemos inimigos. São eles que se fazem. E se fazem na maioria das ocasiões por duas razões. Primeiro por causa daquilo que os teólogos chamam de “pecado residente”, e quando explode pra fora, aí vira m... Segundo, quando o egoísmo participa de um jogo manipulado pelo diabo, sem que percebam que estão fazendo parte de um joguete cujo propósito é anular aquilo que Deus esta construindo na vida daqueles contra quem eles se levantam. Os inimigos se fazem como elementos inconscientes do egocentrismo e das manipulações das forças do mal por causa do que o Senhor está realizando em nós na construção do novo homem conforme Jesus.


Eu tenho inimigos. Sei quem são, onde moram, conheço o nome de cada um. Sei o que me fazem e também sei o que lhes faço. Sei, no entanto, que só se tornaram meus inimigos não por causa deles próprios, mas por causa do diabo em função daquilo para o qual fui chamado a realizar. O propósito não é deles, é do diabo. O alvo não sou eu. É a obra que realizo. O alvo é me fazer desistir daquilo para o que fui chamado para fazer, ferindo, decepcionando, amargando, desanimando.


Agora, o mínimo que eu posso dizer a cerca disso é que Jesus me ensina que os inimigos são instrumentos de si próprios e do diabo para fazer adoecer a alma.

Sim, eu sei que tenho inimigos. Jesus os teve, Paulo também os teve, e pelas mesmas razões: fazer adoecer a alma. Não é fácil ouvir uma crítica injuriosa; é insuportável Agora, preste-me atenção: o diabo levantará inimigos contra você para lhe impedir de chegar onde Deus deseja que você chegue. Para fazê-lo desanimar de ser o ser que Deus quer que você seja. Ele fará de tudo para lhe fazer desistir daquilo para o qual você foi chamado a fazer. No entanto, Jesus ensina a sobreviver à inevitável existência dos inimigos e o caminho para manter a alma sadia.


Primeiro ele diz: Não se deixe vencer pelo desespero, antes alimente a esperança de que o inimigo ainda voltará atrás – “a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-lhe a túnica, deixa-lhe também a capa. Se, alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas” – a idéia contida nessas atitudes é a de que, em praticando essas coisas, o inimigo ouça a voz da consciência e volte atrás. Uma hora ele pode mudar de atitude.


Depois Jesus ensina a aproveitar a existência dos inimigos para melhorar a si mesmo – “Ouviste o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiará o teu inimigo. Eu porém, vos digo: amai os vossos inimigos” – em outra palavras: use seu inimigo para que desenvolver suas qualidades interiores. Desenvolva atitudes melhores e maiores do que as que comumente são esperadas.


Em terceiro lugar, aproveite a existência dos inimigos como mola propulsora para o desenvolvimento de uma espiritualidade mais densa e disciplinada – "amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" -sobre tudo, a oração fará à sua própria alma.


Ainda, conforme Jesus ensina, use as atitudes dos inimigos a fim de que você amplie a compreensão de quem você é, a compreensão do mundo e de como é o coração de Deus – "...para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o sol sobre justos e injustos" – simplificando: saber que há uma nova natureza operando em você lhe capacitará a manifestar-se de maneira contrária a de seu inimigo; assimilar que o mundo é povoado de gente boa e má como realidade plena lhe fará deixar de ser menino e compreender como Deus lida com essa disparidade lhe tornar reflexo do que Ele é e como ele age. Isso criará um véu protetor em seu coração contra a maldade.


Por último, Jesus ensina a se contentar com a amizade que você pode ter no  no Céu – "Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o propósito de exercer a vossa justiça a fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste" – acredite: você não precisará esperar pelo fim do mundo para saber que está junto do Pai. Existe hoje um amigo no céu, o vosso Pai, e Ele é quem te recompensará por sofreres com inimigos e pelo comportamento que você manifesta por causa dEle.


São essas atitudes, orientadas por Jesus, que ainda que não livre você de seus inimigos, garantidamente protegerá a sua alma de adoecer profundamente. Assim eles terão que assistir a sua continuidade no Senhor.


Deus o abençoe.


Pr Paulo Rodrigues

CORAGEM PARA SER E DIZER


Pior do que não ter coragem de falar o que quer é ter medo e ouvir o que não quer.

Jesus foi Aquele que falou não apenas aquilo que queria, mas falou o que precisava ser dito, porque não teve medo de ouvir ser chamado de Belzebu, amigo de pecadores, de comilão e bebedor de vinho, endemoninhado, blasfemador, mentiroso, bastardo, entre outras coisas.

O único meio de não temer ouvir o que não queira é encarnar o Verbo.

Pr Paulo Rodrigues

AUTO AJUDA

Nunca preguei nada que diga o que você possa fazer por si mesmo, ao contrário, sempre falei daquilo que só Deus pode realizar em seu favor. Nisso constitue a essência do evangelho: Alguém que fez por você algo que você jamais poderia ter feito por si próprio.


Portanto, saiba: Jesus é Salvador daqueles que creêm que necesssitam de um Salvador.


"...porque sem mim nada podeis fazer" - João 15: 5


Pr Paulo Rodrigues

CONSOLO PARA OS QUE SOFREM - Salmo 23

Acabo de chegar de um velório pautado por muita dor. Curiosamente nunca preguei o Salmo 23 em um velório. No entanto, em meio a toda àquela dor pensei neste Salmo como um Salmo de profundíssima consolação.

Antes de continuar lendo o meu texto, leia o Salmo 23 primeiro. Isso vai lhe fazer um tremendo bem.
Agora preste atenção: você pode hoje estar vivendo em meio à dor e a um grande sofrimento; pode estar se sentindo desamparado ou solitário. O Salmo 23 é um Salmo de consolação para os que sofrem.
Sei que todos perguntam: por que as pessoas sofrem? No próprio Salmo podemos ter algumas respostas para esta pergunta.
As pessoas sofrem e vivem em meio à dor por não possuírem nada. A estas pessoas o Salmo consolam-nas dizendo “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”.
Há pessoas que sofrem por cansaço e esgotamento emocional. A estas pessoas o Salmo diz “Ele me faz repousar... Leva-me pra junto das águas de descanso e refrigera-me a alma”.

Ainda há uma multidão incontável daqueles que sofrem por pura falta de direção e por perda de sentido. Às pessoas assim o Salmo 23 consola afirmando “Guia-me pelas veredas da justiça”.

Há sobre, tudo um sem número dos que sofrem por causa da dor da perda, da violência da morte e por causa dos efeitos assustadores de sua sombra. Estas pessoas são as que sofrem também com a injustiça, com a iniqüidade, com a maldade, com a fome, com as doenças, com as traições e com incalculáveis projeções que a morte despeja através de sua sombra sobre milhares destas pessoas. No entanto, o Salmo as consola dizendo “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo”.

Outras pessoas sofrem porque são perseguidas, maltratadas e estão constantemente ameaçadas por inimigos. Porém o Salmo lhes assevera “Preparas-me uma mesa na presença de meus adversários, unges minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda”.


Preste atenção a isso, por favor! Não sei quais são as suas dores nem tampouco os seus sofrimentos. Acredito que haja dores insuportáveis e sofrimento que se recusam ser consolados. Qualquer pessoa, no entanto, que de fato tenha conhecido o Pastor do Salmo 23, ou que queira conhecê-lo, pode experimentar consolação e forças para esta vida e consolo eterno para quando tudo nesta vida chegar ao fim. Quando a vida lhe negar qualquer consolo e o desespero da morte parecer ser a palavra final, saiba de duas coisas com as quais o Salmo lhe traz esperança: primeira “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida”, e segundo “e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre”. Esta é a esperança que consola aqueles que dizem “O Senhor é o Meu pastor”.
Com carinho,

Pr. Paulo Rodrigues

CERTEZAS DA RESSUREIÇÃO DE LÁZARO

Lázaro se tornou famoso na Bíblia por ter sido o amigo por quem Jesus chorou. Lázaro também ficou conhecido por ser o homem que experimentou a mais poderosa manifestação do poder de Jesus. Diz a Bíblia que este homem esteve morto e sepultado por quatro dias e de uma forma extraordinária e inexplicável, da escuridão do túmulo e da morte, ouviu a voz poderosa de Jesus dizer-lhe: “Lázaro vem para fora”. E Lázaro, depois de ter sido morto, reviveu.

Olhando para esta história, algumas certezas me vêm ao coração.
A primeira delas é a de que Jesus ama você ao ponto de derramar lágrimas por causa do seu sofrimento. Me entenda bem! Parece bobo o que estou afirmando. O que quero dizer é que o seu sofrimento produz em Jesus empatia. Ele é extremamente sensível àquilo que você está sofrendo. Eu sei que muitas pessoas podem sofrer com você. Muitas pessoas podem compartilhar preocupadas com você, suas aflições. Acredito inclusive que existam pessoas que estão chorando por causa da sua dor. Mas preste atenção: nenhuma lágrima é semelhante às lágrimas de Jesus que são derramadas ao seu favor. As lágrimas de Jesus são aquelas que irão irrigar o solo da sua vida de onde irá brotar um milagre. Muitas pessoas podem chorar por você; podem se preocupar e se sensibilizar com o seu sofrimento, porém não podem ir alem disso. Só Jesus pode demonstrar o significado das lágrimas e ir alem delas. Ele faz com que os seus sentimentos de amor por você se transformem em ressurreição, cura, salvação, socorro e vida. Ninguém mais pode fazer isso por você!
A segunda certeza é aquela que diz que não importa até onde sua situação tenha chegado. Não importa a gravidade do problema que você se meteu; tão pouco importa a profundidade do calabouço que engoliu a sua vida: pra Jesus, ninguém pode ir longe demais que Ele não possa trazer de volta. Olhe pra Lázaro: mesmo estando morto há quatro dias, Jesus foi buscar-lo das profundezas e o trouxe de volta à vida.
A última certeza que me queima o coração é aquela que me permite dizer que você pode conhecer o extraordinário e inexplicável poder de Jesus em sua própria vida em função de que Aquele que não foi impedido nem mesmo pela morte antes ressuscitou a Lázaro, não poderá ser impedido pelo tempo que já se passou desde que essa história aconteceu. Há gente que pensa que essa é uma estória bonita do passado com um efeito moral. Ela é mais que isso. Muito tempo já se passou desde que Jesus ressuscitou a Lázaro. O próprio Jesus também já morreu. Ela se tornou conhecida de muita gente. No entanto, existem duas verdades que precisam ser ditas sobre Jesus que ressuscitou a Lázaro: primeira é que tendo Ele mesmo morrido na Cruz, o seu poder o trouxe de volta à vida pela ressurreição e está vivo hoje como esteve vivo nos dias de Lázaro. E a segunda é aquela que afirma que Jesus continua sendo O mesmo daquele que trouxe Lázaro de volta à vida. A morte não o mudou, nem lhe roubou seu poder; o tempo também não teve forças para mudá-Lo, antes Jesus Cristo resistiu à morte e ao tempo. Ele está vivo e presente entre nós que nele cremos. A Bíblia diz que “Jesus é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre”. Por esta razão você mesmo poder experimentar o seu poder transformando a sua vida não importa a que ponto a sua vida tenha chegado. Você pode experimentar do poder que lhe prende na morte e no pecado que hoje estão presentes em sua vida através de angústias profundas, de tristezas inexplicáveis, do vazio incurável no peito, da sensação de que a vida é uma droga e através de outros tantos sentimentos torturantes pelos quais você sinta desprazer para com a vida.


Creia, Jesus é o único que pode lhe libertar dessa cova funda em que sua vida se enfiou onde braço algum alcança, corda nenhuma chega e, trazê-lo para uma nova e verdadeira vida.
Deus o abençoe.

Pr Paulo Rodrigues

O QUE ACONTECERIA SE EU ACREDITASSE?

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já nos foi designado, Jesus.”Atos 3:18,19

Há poucos dias, estive pregando a convite, numa igreja que conquanto pequena, estava abarrotada de pessoas. Naquela noite, eu falava sobre como Jesus cravou nossos pecados na cruz do Calvário. No entanto, de tudo que eu vi acontecer naquela noite, nada me deixou mais feliz que ver, por ocasião do apelo àqueles que gostariam de entregar suas vidas a Jesus, quase duas dezenas de pessoas virem à frente emocionadas para recebê-lo como seu Salvador pessoal.
Agora em casa, enquanto me recordo daquela noite, percebo que a lembrança daquele momento me colocou diante de dois fatos. O primeiro, é que muita gente ainda está ouvindo a mensagem da salvação e se convertendo. O segundo fato, é que inevitavelmente um dia, todos estarão diante da necessidade de tomarem uma decisão pessoal a respeito de Jesus - ou crerão nele, ou irão rejeitá-lo.


Esse verso de Atos dos Apóstolos é parte do poderoso discurso de Pedro que, obrigatoriamente, colocava as pessoas que as ouviram pela primeira vez, numa posição de escolha: ou se arrependeriam ou não, ou se converteriam ou não. Portanto, para aqueles que uma hora terão que fazer essa decisão, a pergunta que se faz é: quais os benefícios que se alcança por se decidir crer na mensagem de Cristo? A mensagem de Pedro ensina que existem três benefício para aqueles que o recebe como Senhor e Salvador pessoal.


O primeiro é o cancelamento de todos os pecados. Veja o que Pedro diz para os que crêem na mensagem de Jesus – “para serem cancelados os vossos pecados”. Isso significa ao menos duas coisas: Primeiro que a culpa é apagada. A prostituta arrependida é perdoada dos pecados, o traficante arrependido é perdoado dos seus ilícitos, a mulher que aborta os filhos arrependida é perdoada dos seus pecados. Segundo, a maldição é anulada. Para aqueles que recebem a Jesus como Salvador, o passado é apagado pelo cancelamento dos pecados, logo maldição nenhuma lhe diz respeito. Culpa invalidada e maldição anulada pelo passado cancelado.


O segundo benefício que se recebe por se aceitar a Jesus como Salvador, é que o coração passa a desfrutar de paz profunda e duradoura. Pedro afirma – “afim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério”. Sei que o motivo de muita gente não gostar dessa coisa de “religião”, não tem a ver com assistir a um culto ou a ir a uma igreja. Tem a ver com culpa. De alguma maneira a consciência da santidade de Deus incomoda o coração daquele que sabe que vive de maneira contrária à vontade dele. Agora quando alguém crê em Jesus e se arrepende de seus pecados, os seus pecados são cancelados e o coração se enche de paz como resultado do perdão. Desse dia em diante, essas pessoas sabem que sua conta com Deus está acertada e que já não existe mais nada diante de Deus que pesa contra elas, então a consciência fica tranqüila e o coração transborda de paz. O cancelamento de nossos pecados é o que sossega o nosso coração, pois traz paz e tempo de refrigério da parte de Deus para a alma.


O terceiro benefício é o da certeza de um futuro certo e redimido. Pedro garante isso quando diz: “e que ele envie o Cristo, que já nos foi designado, Jesus”. Ouça-me: a única esperança que se pode ter no futuro é a esperança de que Jesus voltará para redimir essa fossa de maldade e injustiça que se tornou a vida nesse mundo. Pedro, portanto, afirma que Deus enviará novamente a Jesus que foi crucificado e ressuscitou como o Rei que Deus ungiu para reinar sobre o seu povo com cetro de equidade e justiça conforme as Escrituras. Essa é a garantia: todos os que se decidem por Jesus tem esperança e a certeza de uma nova vida sob o reinado de Cristo que acontecerá concretamente com sua volta.


Agora, preste atenção: receber a Jesus significa crer e aceitar que esses benefícios só podem ser concedidos por Ele e por mais ninguém. Você precisa crer que o cancelamento dos pecados só pode ser obtido através dele e de mais ninguém; paz com Deus e paz no coração só pode ser alcançada através dele e através de mais ninguém; uma vida além da morte, além da injustiça, além do sofrimento e dos condicionamentos dessa vida só pode ser obtida por meio dele e por meio de mais ninguém. Aceitar a Jesus é aceitar que votos, caridades, sacrifícios e penitências não lhe darão essas coisas; é aceitar que o purgatório não lhe dará nada disso; é acreditar que feitiços, simpatias e mandingas não lhe trarão esses benefícios; é aceitar que os guias espirituais, os santos intermediários, os espíritos iluminados ou os sacerdotes de qualquer ordem não podem lhe dar essas bênçãos. Só Jesus de Nazaré. Portanto, saiba que receber a Jesus como seu Salvador pessoal é decidir desistir de todas essas coisas e de todos esses meios para confiar exclusivamente nele. É decidir que só Ele será o seu Deus, o seu Justificador, o seu Salvador e o seu Rei que virá.


Pronto para aceitá-lo e recebê-lo com fé hoje? Faça isso agora. Então todos esses benefícios virão a você nesse mesmo instante.


Deus o abençoe com essas bênçãos, sem as quais nenhuma outra benção será benção verdadeira.


Naquele, cujo sangue nos purifica de todo o pecado,
Pr Paulo Rodrigues