sábado, 30 de outubro de 2010

MEU LAMENTO



Lamento que exista de um gênero de pessoas que sempre existiu, mas que no entanto chamada de "nova criatura", já não deveria ser mais o que é.
Lamento que elas existam ainda hoje em dia sentadas ao lado da gente.
Lamento elas que existam para tornar pior a existência dos outros,
Lamento por todos que tendo visto uma ferida aberta não a ataram.
Lamento pelos que tendo visto a muitos que estavam nus, nãos os vestiram.
Lamento pelos que tendo encontrados a muitos sedentos, não lhes deram de beber.
Lamento por todos que tendo visto alguns chorarem, não choram juntos.
Lamento pelos que podendo dar sabor a terra, tornaram-na insípida.
Lamento pelos que poderiam iluminar o caminho de muitos, tornaram-no em trevas maiores.
Lamento por todos que em auxiliando a verdade, acrescentaram a ela um i ou um til só, e tornaram-na em mentira.
Lamento pelos que se sentem livres da acusações de homicídio, mas que no coração executaram a muitos.
Lamento por todos que procurando reconciliar-se com Deus, levam suas ofertas ao altar, mas lembrando-se que possuem algo contra seu irmão, não buscam reconciliarem-se com ele.
Lamento por muitos que se orgulham em verem-se inocentes da prática do adultério, mas que na cama da sua imaginação, estão deitados com alguém que não seu cônjuge e sentem-se igualmente puros.
Lamento pelos em que tendo olhos remelentos, incomodam-se com o cisco que “vêem” nos olhos dos outros.
Lamento por aqueles que tendo cometido pecados ainda seguram pedras nas mãos.
Lamento por todos que estão construindo uma sociedade cada vez mais sem olhos e com dada vez menos dentes, por que são bons observadores da legislação fria.
Lamento por todos que só possuem uma face por não posuirem a outra, a do amor, para oferecersem no aplacamento do ódio.
Lamento pelos que não estão dispostos a dar nem um passo em favor de quem a segunda milha lhe faria bem.
Lamento por todos que na vida encontraram quem os decepcionassem, e em encontrando-os, nãos os amaram.
Lamento aqueles que possuindo perseguidores, ou fogem, ou correm para alcançá-los com o ódio sem nunca pararem em sossego a fim de orar pelo bem deles.
Lamento por todos que amam os amáveis por que estes até os desalmados amam.
Lamento por aqueles que são coroados pelas boas obras que realizam na demonstração da própria bondade, nunca receberam galardão, por que preferiram a imagem pública e o louvor dos homens.
Lamento pelos que não guardam o bem e não o pratica em segredo, antes, pelo marketing egoísta, publicam-no aos quatro cantos.
Lamento por todos aqueles que em cobiça profana, exercem o sacerdócio pública e desprezam o sacerdócio das portas fechadas.
Lamento por todos que pedem a Deus por suas necessidades e não conseguem crer que o Pai as conhece todas elas.
Lamento os que em sabendo por tudo pelo devem orar, como lhes foi ensinado, não oram por nada.
Lamento os que em orando, oram por aquilo que sabem que Deus jamais irá atender.
Lamento por todos que acreditam confessar onde seu coração está, mas não conseguem de fato esconder onde ele realmente se encontra.
Lamento pelos que ignoram o fato de que o possuír um coração mal é reflexo da maneira como seus olhos vêem tudo à sua volta.
Lamento também por todos que nos templos adoram Deus como Senhor, mas no mercado, proclamam Mamom como deus.
Lamento os que se fazem juízes, o que são proibidos em fazer-se, porque julgam sem o conhecimento real da prova que condena ou inocenta: o conteúdo do coração do réu.
Lamento o cinismo dos discipuladores que insistem em corrigir os outros enquanto não exercem primeiro a disciplina que discipula primeiro o próprio coração.
Lamento por aqueles que se confessam íntimos de Deus, mas que na intimidade não são confessados por Ele.
Lamento pelos muitos que fazem de sua boca uma harpa e um chofar a Deus, mas do coração, fazem um território em que Ele não é conhecido e temido.
Lamento por todos os que se acostumaram com a liturgia do culto transformando-a em esconderijo da hipocrisia e dos de coração sem culto.
Lamento por todos que proclamam amor à Palavra, no entanto a esquecem na segunda de manhã.
Lamento pelos que choram emocionados quando ouve a proclamação do evangelho, mas que riem com a falta da prática dele.
Lamento pelos que se regozijam com a injustiça, mas que no entanto chamam a Deus de Juiz de toda terra.
Lamento pelos que impedem a muitos cegos mendigos à beira do caminho alcançar a misericórdia do filho de Davi.
Lamento por todos que vendo aqueles que cujos corações se tornaram como de uma criança, impede-nos de virem a Cristo.


Lamento por aqueles que tendo abrigo, não hospedaram, antes desacolheram os que necessitavam de acolhida.
Lamento igualmente pelos que desprezam o filho pródigo que saiu da casa de seu Pai impulsivamente.
Lamento mais ainda pelos que se entristecem quando vêem, arrependido, o filho voltar.


Lamento pelos que ao saberem que na casa do Pai há muitas moradas, não aceitam alguns que desejam morar nela por não possuirem o perfil do "manual" do "condomínio".
Lamento da mesma forma, aqueles que se acham os únicos dignos de passarem pela porta que dá para os céus e fazem de tudo para impedem a outros que julgam não merecerem entrar.
Lamento por todo e qualquer que realmente acredite que mereça entrar no céu. Entrarão nele, as prostitutas, os homicidas os ladrões, porque estes reconheceram que não mereciam, antes, acreditaram que nescessitavam de um Salvador que lhes abrissem a porta.
Lamento saber da existência dos que se incomodam não tanto com Jesus, mas com as amizades que ele fez: adúlteros, ladrões, meretrizes, publicanos, pecadores, beberrões e comilões.


Lamento pelos "Alexandres latoeiros" que vivem a nos causar muitos males.
Lamento por aqueles que de tão evangélicos que se tornaram, à semelhança dos fariseus, hoje não podem entender o que Jesus lhes diz, por não querer ouvir a sua palavra de mudança de mente.
Lamento que não haja hoje quem queira rolar a pedra afim de que alguém saia do túmulo de volta á vida porque tal irmão já cheira mal.
Lamento pelos que já não mais parem para socorrer aos feridos à beira do caminho porque que tem um santo compromisso com o templo.
Lamento por aqueles em que cruzando com o samaritano ferido de morte no caminho e tendo oportunidade, não lhe ofereça seu ombro para socorrê-lo.
Lamento pela maioria que falem em amar, amem só em fala.
Lamento pela maioria que dos que afirmam amor uns pelos outros não possuem outro amor que não seja o fingido.
Lamento por quem transformou o termo ágape em gíria evangélica vazio do significado original.
Lamento por todas os que aderiram ao termo amor como gíria obrigatória nos círculos religiosos.
Lamento pelos que não suportam os mais frágeis, porque estes são os que inevitavelmente dão mais trabalho.
Lamento pelos que oram expressando o desejo de trabalhar para o Senhor porque eu não entendo o que eles querem dizer com isso.
Lamento por aqueles em que possuindo o privilégio de pagar o mal com o bem pagam o mal com mais mal ainda, e por fim chamam a isso de justiça.
Lamento por aqueles rejeitam aos outros o perdão dos pecados mesmo sabendo que seus pecados foram perdoados com o mesmo custo: o sangue de Jesus.
Lamento pelos que se honram em desonra de outros, concisos que a honra, conforme o evangelho, cai primeiro, melhor no outro quem em si mesmo.
Lamento por aqueles que não sentem pelo próximo caído aquilo que gostariam que sentissem por si mesmos quando o próximo o visse na mesma condição.
Lamento por aqueles que se vangloriam no fato de que fizeram tudo e crêem que a ninguém devem nada, sabendo que cada um deve carregar ao menos uma dívida: a do amor.
Lamento igualmente pelos que pagam com ingratidão, indiferença e esquecimento àqueles que deveriam ser pagos com honra dobrada.
Lamento os que ignoram que o amor é o cumprimento de toda a lei, logo os que amam não condenam pelo que diz a lei: não adulterarás, não matará, não furtarás, não cobiçarás dentre outras coisas.
Lamento pelos que em fazendo uso do jargão cristão “eu te amo”, também fazem uso da práxis ímpia: o mal contra o próximo.
Lamento por todos os que se dizem andar na luz não se encontram em lugar nenhum porque suas obras estão sendo realizadas nas trevas.
Lamento pelos que em busca de reconhecimento da dignidade pessoal, a conquistam-na com contendas, ciúmes, dissoluções, mentiras e outras dissimulações.
Lamento por todos que em podendo aliviar o fardo do próximo abrindo-lhes caminho, assumem a tática consciente de acrescentar-lhe tropeço na estrada.
Lamento por qualquer que tendo visto alguém cair, se esqueça de que estando ele próprio em pé hoje, amanhã não o poderá estar.
Lamento que quem julgue a quem quer que seja pelo pecado de hoje, sofra de amnésia crônica.
Lamento pelos que se consideram fortes, por deixarem de considerar que tal força lhe fora concedida para sustentarem os fracos ao invés de esmagá-los num ringue espiritual religioso.
Lamento por muitos que em tendo sido acolhidos por Cristo, desacolham a outros que necessitam do mesmo acolhimento.
Lamento que os que desprezam aqueles que, em pecado, são acolhidos por Cristo, se esqueçam que da mesma maneira foram acolhidos um dia por Ele.
Lamento por aqueles que anunciam que a salvação é concedida pela graça de Deus, mas que o fazem prevalecer  é a lei porta adentro de seus apriscos.
Lamento que essa espécie de pessoas existam. Eu as vi e estive entre elas.
Lamento que os que provocam esse lamento são alguns dos que chamam a Cristo de Senhor e invocam o nome de Deus em adoração que se consideram sal da terra e luz do mundo e denominam-se profetas do Altíssimo, levitas e santos.
Lamento que muitos que me fazem lamentar, no mundo sejam conhecidos como "crentes" em Jesus.
Pr Paulo Rodrigues.

1 comentários:

Anônimo disse...

Thanks :)
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