domingo, 20 de novembro de 2011

A Caverna dos Desesperados



Você já ouviu falar da "caverna de Adulão"? Conforme I Samuel 22, esse fora o lugar onde Davi refugiara-se enquanto fugia de Saul que aspirava morte contra ele. A caverna tornara-se um lugar de proteção para Davi. Acontece que, sabendo que Davi estava em Adulão, também foram para lá outros quase quatrocentos homens. Era gente amargurada de espírito, um pessoal endividado até o pescoço; gente quebrada de tudo. Dava pena ver.

E por que é que eles foram parar lá naquele lugar junto a Davi? Óbvio: primeiro porque ali ninguém apontava o dedo pra ninguém. Isso é, aquele não era lugar de condenação. Significa dizer que nenhum deles sentia-se nem melhor nem pior que o outro; todos eram iguais uma vez que cada um amargava as mesmas angústias. Segundo, porque naquele lugar eles encontraram aceitação. Ali ninguém era rotulado como “os perfeitos” e “os imperfeitos”. Só havia gente sofrida procurando refúgio, daí o que eles encontraram em Davi foi compaixão em um ambiente em que todos eram bem acolhidos. Outra coisa: aquela gente sabia que quem estava na caverna era um Rei. Em outras palavras, eles encontraram naquele lugar esperança por estar com alguém que poderia ajudá-los. Essa gente danada, surrada pela vida necessitava de um líder, alguém que os encabeçassem no caminho de uma vida melhor que aquela. E ali, eles o haviam encontrado.

Agora preste atenção: segundo a Bíblia, a Caverna de Adulão é mais que um lugar. É mais que um espaço físico onde você encontra compreensão sem julgamento, aceitação sem distinção e um Rei que pode governar a sua vida no caminho de uma nova vida de cura e restauração. Segundo Davi, que esteve na Caverna, esse lugar é um só, a saber, como ele mesmo afirmou: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à Sombra do Onipotente Diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus em que eu confio” Salmo 91: 1 a 2.

Portanto, o Senhor Deus é sua Caverna de Adulão. Nele você encontra aceitação, acolhimento e ajuda. Se for o caso de hoje você estar desesperadamente necessitado desse refúgio, eu lhe digo de todo o meu coração e por conta da minha própria experiência: corra hoje para abrigar-se no esconderijo do Altíssimo, porque o Senhor "é socorro bem presente na hora da angústia".

Deus lhe abençoe.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

DANÇA COM LOBOS


Depois que eu postei minha reflexão sobre "Meninos e Lobos" houve muitos que se disseram identificados, abençoados e orientados por meio do que aqui leram. Alguns, pessoalmente, pediram-me que eu escrevesse mais afim e ajudá-los por estarem em situações semelhantes. Disse-lhes que eu não tinha muito a dizer, mas que podia afirmar que aprendi também outra lição.

Aprendi que os lobos dançam. Dançam pra afirmarem o que não são. Lobos por natureza são frouxos e maus. Logo, dançam para se auto afirmarem; atraem, seduzem e encantam com sua dança-piedosa-profética-espiritual para compensarem o fato de que se forem naturalmente aquilo que são, assustam. Então eles dançam pra enganar, em medida que escondem quem são. Na dança, eles parecem elegantes, cordiais e altruístas. A cada passo no salão eles se parecem menos com lobos e mais graciosos.

Descobri também, que por sofrerem de frouxidão e eterna necessidade de auto-afirmação, os lobos não costumam dançar sozinhos. Eles tiram outros para dançar. Só assim eles aparecem, se auto-afirmam e dessa maneira eles compensam suas inseguranças e temores. Mas acima de tudo, aprendi que , conquanto os lobos dancem, eles não sabem dançar. Aprendi que aonde ele dança, deixa rastro, levanta poeira, estraga a festa.

Então eu digo: Se você vêr um lobo dançando, discirna a dança dele: veja que apesar de bonita é desajeitada. Se o lobo lhe convidar pra dançar não tenha pressa de confiar seus passos a ele; espere sem pressa, pois “O Senhor firma os passos do homem bom”, e continue dançando seguro sua dança com o seu Pastor e Deus. Dançar com lobo é perigoso e, por fim, todo mundo acaba “dançando”.

Nele, que nos chamou para caminhar com fidelidade e não para dançar com lobos.

domingo, 13 de novembro de 2011

ENTRE MENINOS E LOBOS

“Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.” – Atos 20:29


“Entre Meninos e Lobos”, é o título de um filme que conta a dolorosa história de três amigos, que quando meninos tiveram a vida marcada ao testemunharem um deles ser sequestrado por um simpático senhor que o molesta sexualmente, daí, a designação lobo, que revela a essência do “bondoso adulto”.


A relação entre meninos e lobos geralmente são bem “sucedidas” devido à inocência e imaturidades dos meninos porque são “meninos” por um lado e à sagacidade e esperteza dissimulada dolos lobos, por outro. Lobos estimulam a mente e despertam o melhor nos meninos, razão pelas quais os seduzem com extrema facilidade ainda que para o mal deles.

Essa delicada e maléfica relação entre meninos e lobos, também é encontrada na Bíblia. Aliás, ela é tema de Sua constante e profunda preocupação. A Bíblia declara que os lobos estão sempre presentes, ensina que em grande parte do tempo, eles próprios não se dão conta de que se lobificaram e se tornaram ameaças para a unidade da igreja. Ensina também que a boa fé e a imaturidade dos “meninos” são alimentos que nutrem os lobos e, que essa relação sempre termina em traumas que marcam para sempre e para o mal, os meninos e meninas ovelhas.

Já, e por outro lado, a Bíblia fala dos pastores, que são a antítese dos lobos. Pastores não roubam ovelhas, antes as apascenta com leveza e liberdade de relação. Pastores guardam as ovelhas por isso não tem medo de enfrentar lobos custe o que custar e estão sempre às claras, enquanto os lobos, nas escuras, “sobem por outra parte”. Pastores não possuem intenções e motivações ocultas, por isso são conhecidos das ovelhas enquanto os lobos ninguém os conhece, nem sabem de onde vem, nem para o que vieram. Pastores são legítimos porque o Sumo Pastor os nomeou sobre suas ovelhas, ao passo que os lobos Ele os nomeou “lobos, ladrões e salteadores” porque forçaram a entrada no aprisco. Enfim, pastores são conhecidos não somente pelo que fazem, mas pela essência que possuem. Já os lobos, buscam realizar aquilo que pastores foram chamados a fazer sem, no entanto, possuírem a mesma natureza e essência. O Pastor é bom. Já o lobo é ladrão.

Com profundo sentimento de compaixão pelos meninos e meninas ovelhas que se tornam cada dia mais vítimas dos "bondosos e simpáticos" senhores-lobos digo: deem a eles o nome de quem quiserem e o nome de quem a essa natureza se adequar. Faço isso pelas ovelhas, que conforme Jesus, “a mim me convém conduzi-laspalavras tão doces que lobo nenhum poderia reproduzi-las em verdade