quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

RESPONDA ESSA

"3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
(...)
7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9 Mas, ouvindo eles sta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor? Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais." - João  8: 3 a 11

Suponho que a história narrada aqui por João você já conheça. Elá é um clássico do Novo Testamento. Agora responda a essa pergunta. O que Jesus teria dito à essa mulher de João 8, se no dia seguinte ela fosse trazida novamente à sua presença pelos fariseus sob a mesma alegação de haver  sido surpreendida em adultério?

Ora, Ele teria dito a mesma coisa que disse no dia anterior "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais." Por que? Porque o pecado dessa mulher não afetava a Jesus nem faria diminuir a intensidade do amor que Jesus tinha por ela.


Por que então Jesus disse a ela "vai e não peques mais"? Por que se tornasse a cometer    o  pecado, ela  traria implicações contra ela mesma. Implicações sociais, implicações religiosas e pessoais...


Continua...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

UM HOMEM CONFORME O CORAÇÃO DE DEUS

“Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” – Atos 13: 22




Atos 13: 22 não é nenhum elogio que Deus faz a Davi. É uma constatação. Uma declaração de verdade acerca de um homem. E a verdade acerca desse homem é que ele é “um homem segundo o coração de Deus”.

Gosto da tradução que escolhi acima para o texto. Ela é da Revista e Atualizada. Mas a Edição Revista e Corrigida me encanta mais. Ela diz “um varão conforme o meu coração”. Ela me encanta porque me coloca diante do conceito mais lindo e exato que de Davi se pode ter. Isso porque o conceito está profundamente relacionado com a forma. Dizendo sem rodeios, a forma que o coração de Davi assumiu. Ele tomou a forma, foi preparado na mesma forma até ficar com a forma cuja fôrma – ou formato – era o coração de Deus – igualzinho ao que o apóstolo Paulo disse em Filipenses 2 no verso 5: “Tendes os mesmos sentimentos que houve em Cristo Jesus...” (para citar um dentro outros textos). E isso, meu amigo, não tem nada a ver com estética – imagina uma intervenção cirúrgica em que o coração de Davi necessitasse ser analisado na mesa clínica: “Não tem nada aqui!!” – diria o cirurgião – “Não é esse o tal homem cujo coração tem a forma do coração de Deus. Deve ter virado espírito também (bobagem).” Não tem a ver com plasticidade. Tem a ver com conteúdo. Tem a ver com os mesmos interesses, com os mesmos sentimentos. Com a sensibilidade de se importar com as mesmas coisas que importam a Deus e se inclinar para os mesmos motivos paras os quais o coração de Deus se inclina. O coração vai tomando a “forma do coração de Deus”. 


Sei ainda que essa afirmação não deveria ser feita por Deus, mas pelos amigos de Davi. Pelos companheiros de caminhada, de guerras, de solidão, de conversa ao pé da fogueira que aquecia as noites frias em esconderijos quando em fuga, quando tudo assombrava à sombra da ruína, que em meio a tudo isso, iam assistindo “in loco” as reações do coração de Davi. Sei disso porque um coração conforme o coração de Deus só vai tomando essa forma conforme o tempo e a sensibilidade, e a sensibilidade conforme a submissão ao impulso de assumir essa outra forma em meio às pressões. Sendo assim, um coração segundo o coração de Deus só é reconhecido e confirmado pelo tempo. Ouça o que quero dizer: a pressão para pecar; a pressão para torcer a verdade para o próprio proveito; a pressão para azedar o coração, para amargura-se contra o próximo que derrama amargura contra a gente, para embrutecer a alma; a pressão para perder a fé, para abandonar a confiança, para concluir que a carreira é uma tremenda perda de tempo e que Deus é um ideal forjado no inconsciente a fim de suprir as carências mais profundas da alma e, portanto, Ele não passa de fantasia do mundo psíquico, só são experimentadas no tempo da nossa jornada e a prova de que se resistiu a tudo isso e venceu essa avalanche insistente de inimigos lancinantes e invisíveis É SÓ O TEMPO É QUEM DÁ. Portanto saiba: um homem segundo o coração de Deus só pode ser declarado assim pelos companheiros e gente da terra que o assistiram em sua jornada de fé no tempo, que viram-no resistir a tudo que se opõe a Deus e tornou-se cada vez mais suscetíveis aos sentimentos e à vontade de Deus. Fora a isso é elogio barato; pedantismo religioso e que não diz o que quer significar.




quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AMOR, LOUCURA E REDENÇÃO


Freud parece concordar com o escritor de Eclesiastes quando diz que um homem sadio emocionalmente é aquele que consegue amar com prazer e trabalhar com satisfação. Essa é a figura do homem que desfruta de perfeita saúde mental segundo o pai da psicanálise. Como sabemos, tanto a vida quando a experiência mais profunda da existência já provou isso , não existe de fato o tal "o homem mentalmente sadio" - você já ter ouvido o axioma "de médico e louco todo mundo tem um pouco" - pois é: ele é verdadeiro. Tão pouco existe o homem sem pecado - então tranquilize-se e reconheça sua condição.

Pois bem. Se é assim, assim também se chega a uma dura conclusão, também confirmada pela existência: amar é sofrer e trabalhar é enfadonho. Logo a vida é sem graça

Qualquer observador da vida concorda que amar é sinônimo de sofrimento. Ao menos por duas razões: primeira porque o amor se entrega a quase todos os absurdos: o amor tudo crê, tudo suporta, todo espera e tudo sofre. Segundo porque o amor necessita loucamente do objeto amado para ser desfrutado de maneira completa e, na ausência desse objeto amado ou - o que é muito mais provável - quando ele não é correspondido por esse mesmo objeto, tal amor se converte em lágrimas de dor e em rio de tormentas destruidoras - os apaixonados  e a moçada que está naquela "fossa", estão entendendo o que estou falando; e olha que meu exemplo é francamente superficial.

Será que existe uma maneira razoável para escapar do cíclo amargo dessa vida sem graça onde amar é sofrer e trabalhar é sofreguidão a que todos estão condenados atravessar como prisioneiros - tal como estavam presos aqueles garotos do desenho A Caverna do Dragão em busca de uma passagem transdimensional que os devolvessem ao seu mundo (você deve se lembrar)?


Jesus disse que sim.

"Venham a mim, todos os os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." - Mateus 11: 28 a 30

É aí que a gente encontra Alguém que abre a porta de escape para aquilo que esse mesmo Alguém chamou de "vida e vida em abundância" que prometera trazer em Si mesmo segundo sua declaração encontrada no Evangelho de João capítulo 10 do verso 10. Aí a gente aprende que transmutação dessa vida enfadonha que aprisiona a todos mas que se faz possível à qualquer um que se permita fazer-se paciente não de Freud - aquele sujeito da psicanálise - mas que permite fazer-se paciente de Jesus de Nazaré, o judeu, homens de dores e que sabe exatamente o que é padecer - isso para dizer quase nada a respeito Dele sobre o tema -  e que Jesus é altamente empático ao cíclo dolorido da vida - saiba-se que esse é um postulado básico na psicanlise comtemporanea no processo da análise e "cura": a empatia. Ouça isso: Vinde a mim (...) e aprendam de mim (...) e encontrarei descanso para as suas almas. Bacana isso da parte de Jesus não?

Ainda existe uma outra porta de libertação no cíclo enfadonho que aprisiona a vida. Trata-se do descobrimento de um Amor maior que o amor que faz sofrer. Isso porque tal amor não se ausentará daquele que ama nem deixará de ser compartilhado com aquele que deseja desfrutá-lo. É lógico que estou me referindo a um Amor de natureza e essência, de magnitude e de dimensões diferentes e superiores daquilo que chamamos de amor. Não estou me referindo do amor terreno - ou melhor - fruto dos intrincamentos, desajustes e conflitos psíquicos de que Freud fala quase sempre. Estou falando de um amor que esta acima e além destas complicações. Estou falando de um Amor que está fora da gente cuja origem é divina. Então a descoberta fica assim: só Deus pode amar e dar este tipo de amor, como também só Ele pode corresponder perfeita e continuamente ao amor daquele que O deseja


Sendo assim, já não haverá frustração perturbação, bem como não haverá dores e enfado de nenhuma forma.

Veja o que disse Jesus acerca de si mesmo: ...aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração,e vocês encontraram descanso para as suas almas. A conseqüência dessa aprendizagem com Jesus, cujo coração é como é por estar carregado de amor e que corresponde ao amor de quem o ama, é libertadora e terapêutica de toda forma de vida em sobrecarga. Senão veja o resultado imediato dessa aprendizagem terapêutica prometida por Jesus: "...e encontrarei descanso para as suas almas.

Aos que se sentem aprisionados por essa sofreguidão que transforma a vida num ciclo enfadonho e sem graça, Jesus oferece a redenção dessa loucura: vida e vida em abundância. 


Deus os abençoe com descanso para a sua alma,


Pr Paulo Rodrigues

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DEUS É AMOR E ASSIM VOCÊ É AMADO


“Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos.
Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem desisti das coisas próprias de menino.
Porque, agora, vemos como espelho, obscuramente; então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei também como sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” - I Coríntios 13: 1 a 13


Dificilmente alguém que leia esse texto de Paulo, cujo tema central é o amor, não sinta-se profundamente incomodado. Nele, se fala que o amor devería ser e reação mais natural do crente em Jesus em relação a tudo na vida. Conheço uma irmãzinha doce, mulher de Deus, que ficara viúva cedo. O sonho dela era casar-se novamente. Porém ela afirmava que só se casaria outra vez quando encontrasse um companheiro cujo amor por ela fosse como esse, descrito nessa carta por Paulo. Eu disse a ela que tal amor não tinha nada a ver com amor romântico de que depende o matrimônio. Esse amor tem a ver com um modo de vida com que cada aprendiz de Jesus deveria manifestar na sua relação com o próximo e com o mundo. Não tem necessariamente nada a ver com o amor que une um homem a uma mulher no casamento. Tem a ver com o amor que o homem deve manifestar por todas as mulheres e homens e toda mulher deve manifestar por todos os homens e mulheres como discípulos de Jesus. Com isso, eu mesmo, toda vez que leio a “carta do ágape” sinto-me incomodado pela necessidade de constantes e inúmeras adaptações a expressões desse amor para com tudo e todos à minha volta. Sem dúvida nenhuma, isso causava um desgostoso sentimento de culpa. Isso me aconteceu muito tempo até que li a "carta do amor" de uma maneira diferente.

Mais do que um padrão de conduta ideal do cristão, essa é uma carta que revela de maneira absurdamente escancarada como Deus é. Mais do que falar daquilo que eu eu você deveríamos ser, o texto fala com precisão absoluta de como Deus é: Deus é amor. Note que Paulo não diz que como o cristão dever ser, ele diz como o amor é. Portanto, aprendi a ler I Coríntios 13, primeiro e acima de tudo, como sendo a maneira mais cristalina de como Deus é e de como Ele nos ama na prática. Portanto, deixe-me demonstrar, com minha maneira de escrever, o que Paulo faz saber a esse respeito no seu texto.

Primeiro, Paulo diz que toda ação, comunicação, saber e benefício de Deus a favor de cada um de nós é sempre fruto do Seu amor. É com essa premissa que o apóstolo inicia a “carta do ágape”: faça Deus o que fizer, Ele está criando meios para promover nosso bem porque, acima de tudo, Ele nos ama. Sei muito bem que para muita gente é difícil entender isso, especialmente quando se pensa nos atributos de Deus como justiça e santidade, ou, em Deus irado como fogo consumidor ou Juiz disciplinador. Que se afirma ali é que faça Deus o que e como fizer, sempre será resultado de Seu imenso amor para conosco crendo que, se é assim, “todas as coisas cooperam conjuntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” – Romanos 8: 28. Saiba, portanto, que, com Deus, tudo que lhe ocorrer estará sendo impulsionado pelo amor dEle por você para seu próprio bem.

Segundo, Deus sustenta uma imensa paciência para com aqueles em que, se perder a paciência, seria uma atitude inevitável. Por quê? Porque “o amor é paciente”. Deus vê que muitas vezes você está se esforçando, mas não está progredindo na caminhada cristã. Ele vê que você não está avançando no desenvolvimento do caráter segundo Cristo nem na manifestação visível dos valores do Reino. Mesmo assim Deus tem paciência; Ele espera ao invés de se irritar, de se exasperar; Ele aguarda calmo até que uma hora você chega.

Terceiro, Deus reage com extrema benevolência sempre e em favor de qualquer um. Isso não apenas porque Ele é bom, mas porque Ele é benigno (verso 4). Quer dizer que Deus está sempre predisposto a fazer sempre o bem. E significa também não é perigoso porque não possui em Si nenhuma maldade. Ninguém há que se aproxime de Deus com um coração sincero e não encontre um ser indescritivelmente bondoso. Dele não precisa se ter medo. Deus faz o bem sempre porque é a Sua natureza o ser benigno.

Também se vê que Deus não oprime nem sufoca a ninguém como se faz pensar alguns sistemas religiosos. Essa verdade é percebida pelo fato de que o amor com que Deus nos ama não inclui domínio, perseguição nem opressão porque Seu “amor não arde em ciúmes”. Conhece alguém que no namoro ou no casamento seja ciumento. Pobre do parceiro ou da companheira, pois enquanto esse ciúme durar, estes estarão fadados a uma vida de escravidão e opressões. Quem já experimentou o amor de Deus descobriu que esse amor é do tipo alegre, leve, cheio de gozo, de paz e seguro e que produz os mesmos sentimentos naquele que é amado.

Em quinto lugar se entende que Deus não é egoísta. O amor de Deus nunca é para dentro, ele é para fora pois Paulo diz que Ele “não se ufana”. O amor de Deus sempre escoará e continuará escoando como a água de um rio ladeira abaixo em nossa direção para nosso benefício. Acredite: Deus se satisfaz com a nossa satisfação.

Sexto lugar, nos garante que, conquanto Deus seja Majestoso e Glorioso, Ele não deixa de ser acessível aos humildes nem aos pobres, tão pouco aos miseráveis que necessitam dele. O amor que Deus tem por cada um de nós, “não se ensoberbece”. Isto é: o seu amor não permite que Deus nos esnobe por ser quem Ele é nem se afaste mim e de você por sermos como somos. Pelo contrário, seu amor O conduz a nós. Ele desce a nosso favor como Ele o fez quando esteve em Jesus e como Ele o faz hoje sendo o Espírito Santo. Sendo quem Ele é e nós quem somos, Deus não permanece distante. Seu amor o trás pra bem junto da gente.

Sétimo: Deus não nos faz passar por embaraço nem por envergonhamento no que dependa dele. Por quê? Porque Ele “não se conduz inconvenientemente”. Isso me faz lembrar a Jesus, a expressão perfeita do amor de Deus, de quem foi dito “não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega”; também se diz que “não gritará, nem se fará ouvida sua voz nas ruas”. É assim que o amor de Deus faz: trata os indecentes com decência, os indecorosos com decoro, os desonrado com honra. Pelos seus pecados, pelos seus erros e tropeços, você descobre que o amor que Deus tem por você, jamais permitirá que Ele o exponha à acusação e à vergonha pública, mas ao perdão e a aceitação.

Depois, a gente aprende que o amor que Deus tem por cada um de nós faz com que Ele esteja intensa e constantemente interessado em nós. Ao contrário do que se pensa, que Deus esta preocupado apenas com seus interesses, o verso 5 diz que o amor “não procura seus interesses”. A Bíblia está cheia desse conceito. Basta que você a leia e entenda: "Se Deus é por nós, quem será contra nós". Você está doente, Ele se interessa; você está endividado, é do interesse dele. Está com fome, com sede, com frio, preso, solitário, sofrendo, angústias? Ele está imensamente interessado no seu problema. Ele não se “preocupa” só com Ele; Ele se preocupa com você. E muito. Por que Ele te ama.

Em nono lugar se aprende que Deus não remoe nenhum agravo cometido contra Ele. Ele não se irrita nem se magoa mesmo quando damos todos os motivos para que isso aconteça. O ágape “não se exaspera, não se ressente do mal”. Deus não se desestabilizam emocionalmente. Por que? Porque o amor é o "estabilizador emocional" do Senhor. Ressentimento é uma doença da alma. É uma amargura que não quer esquecer a maldade, a traição, a ofensa sofrida até que ela seja vingada. Deus não sofre desse mal. Não preciso dizer a ninguém o quanto nós oferecemos motivos a Ele para que fique irritado. Paulo faz saber que Ele simplesmente não fica irritado comigo. Eu fico, você fica, mas Deus não: Ele não fica ressentido das bobagens e do mal que fazemos. O Seu amor por nós o guarda de tal maneira que ninguém pode tentar nem provocar a Deus.

Ainda, o verso 6 afirma que Deus não fica passivo diante das injustiças que sofremos; injustiça de nenhuma espécie. O verso diz que Ele “não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade”. Fico imaginado o que Deus não fará às pessoas que tem o poder de promover a injustiça a uma quantidade enorme de pessoas como você que vem sendo engolidas, todos os dias, pelas mentiras e injustiças que eles praticam. Por causa do amor que Deus tem por nós, não será permitido que a injustiça prevaleça. Ele fará com que os opressores responsáveis respondam a Ele pelo que fazem contra aqueles que Ele ama.

Em décimo lugar, Deus não se deixa levar pelo mal que se impor contra Ele, antes o suporta. O verso 7diz que o “tudo sofre”. Ele já demonstrou isso por meio da cruz do Calvário por amor a nós. Paulo informa que naquela ocasião “Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo”. Ele suporta a tudo por amor a nós. Isso implica dizer que tudo quanto fazemos de insuportável é no entanto suportado por Deus. Consegue imaginar? Esse jeito esquisito que você tem que nem sua mãe, nem sua esposa e seu marido suporta, e na maioria das vezes nem mesmo você agüenta, Deus suporta. Deus prefere lhe sofrer a lhe desprezar.

Também o verso 7 diz que Deus acredita em você. O amor “tudo crê”. Você diz:“Deus, nunca mais vou fazer isso" e Ele lhe dá um voto de confiança. Ai você volta a fazer tudo errado outra vez; tropeça no mesmo erro, esbarra no mesmo pecado, então diz a Deus “Agora é pra valer Senhor! Perdoe-me, e eu nunca mais vou fazer isso” e Deus acredita novamente. Ele leva fé em você e lhe dá outra chance: uma, duas, três – pergunte a Pedro – setenta vezes sete vezes por dia Ele renova a confiança em você e diz “Comece de novo!”. Tem muita gente que não acredita mais em você, por isso deixou de investir confiança em você, deixou de dedicar tempo com você, encolheu o amor por você. Deus não. Ele não desenvestiu nem confiança, nem tempo, nem trabalho, nem esforço e nem amor por você. Para Deus, você sempre terá jeito.

Em décimo segundo lugar, o amor de Deus não deixa ninguém para trás. O amor “tudo espera”. Deus sempre está disposto a dar outra chance por que Ele é o ser mais otimista do universo. O amor é irremediavelmente otimista. Ele Prefere esperar a punir, Ele escolhe perdoar a condenar. Ele prefere ficar na expectativa de que a consciência do pecador desabroche, que o arrependimento surja e que seus caminhos do ímpio se convertam a Ele. Deus sabe que você pode dar certo mesmo que você não seja otimista em relação a isso. É por isso que Deus espera. Ninguém é capaz de decepciona-lo porque. Ele espera a todos e a ninguém deixa para trás. Portanto, siga firme em frente. Você não o desaponta. Ele não lhe abandonará, mesmo que isso seja o que você acredita merecer. Enquanto Deus esperar, existe esperança.

Por fim, a verdade mais poderosa a respeito de Deus que torna todas as demais verdades acerca de todo o Seu amor possível, é a de que Ele nunca deixa de amar: “O amor jamais acaba”. Também jamais encontrará limites. Tudo encontrará uma hora ou outra o seu limite: os dons, a ciência, a força, o vigor, eu, você, mas não o ágape. Uma hora a gente falha a capacidade que possuímos ou adquirimos terá limite. O amor de Deus não. Pelo contrário, ele, que agora vemos, nos é revelado em parte, mas a tendência é de que ele caminhe não para o fim, para uma limitação, mas para um estado de plenitude, muito maior ainda do que conseguimos conceber ou compreender.

Sabendo agora o que você sabe, leia novamente a “carta do amor”. Veja como é que Deus ama alguém. Perceba a intensidade que o ágape possui, e acredite: se você não se ama, se você não se aceita, se não é amado e não é aceito por ninguém, creia: Deus lhe ama e lhe amará sempre e sempre. E por que Ele pode lhe amar assim, lhe tolerar assim, lhe fazer o bem, não lhe oprimir, tão pouco lhe desprezar, nem sentir-se insatisfeito com você? Como Ele não lhe envergonhará, como Ele se interessará por aquilo que é importante para você? Como Ele pode não se irritar os seus pecados nem se magoar com as suas atitudes? Como Ele pode defender-me das injustiças, sofrer minhas fraquezas, continuar me concedendo novas oportunidade e esperar o melhor para mim sem ficar decepcionado comigo? Como Ele pode me ver e me amar assim para sempre sem que seu amor corra o risco de se esfriar ou acabar por aquilo que eu sou? Essas são suas perguntas não são? Pois a Bíblia lhe responde. Ela diz que isso é possível por causa de Jesus. Porque tudo aquilo que em você irritava a Deus, magoava a Deus, feria o coração de Deus, Deus colocou em forma de castigo, de punição sobre Jesus, que voluntariamente assumiu a culpa de seus pecados e aceitou ser castigado com a punição de morte em seu lugar. Assim Ele nasceu, viveu para agradar a Deus em tudo e ser perfeito, para que na cruz do Calvário, Ele tomasse o seu e o meu lugar e morresse por causa de nossos pecados por amor a nós, ficando assim nossos pecados cancelados. Dessa forma é que agora Deus pode nos amar com todo seu amor. Da maneira que a “carta do ágape” revela ser. Porque já não há mais nada que possa nos separ do amor de Deus, que nos ama sem limites através do amor que Ele tem por Jesus Cristo, o seu Filho. Só somos amados dessa forma através de Jesus.

No amor infinitamente indescritível, porque Deus é amor e a Ele não se descreve,

Deus lhe abençoe.